A mineradora Vale informou nesta segunda-feira (03/04) que uma carga de 260 mil toneladas de finos de minério de ferro, que estava em um cargueiro que afundou na costa do Uruguai, na sexta-feira (31/03), pertencia à companhia, confirmando informações do sistema de rastreamento de navios da Thomson Reuters.

A empresa informou ainda que a carga estava sendo direcionada para um pátio de estocagem/blendagem na China. A Vale disse ainda em nota à Reuters que o produto tem cobertura de seguro.

Questionada sobre se haveria necessidade de declaração de força maior, a Vale informou que o produto ainda não havia sido comercializado, ou seja, ainda pertencia à mineradora brasileira.

Tripulação 

A Marinha do Uruguai informou que estava perdendo as esperanças de encontrar vivos os 22 tripulantes de um navio sul-coreano que afundou com uma carga de minério de ferro no Atlântico Sul.

O navio Stellar Daisy, com capacidade para cerca de 266 mil toneladas, afundou na sexta-feira e pertence e é operado pela Polaris Shipping, da Coreia do Sul. A embarcação, que tinha como destino a China, transportava minério de ferro carregado no terminal da Ilha Guaíba, da mineradora Vale, no Rio de Janeiro, segundo informação do sistema de monitoramento de embarques da Thomson Reuters
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Procurada, a Vale informou que a Polaris está centralizando informações sobre o caso. A mineradora não informou imediatamente o volume que era transportado, o cliente ou se declararia força maior para a carga.

Dois tripulantes filipinos foram resgatados em um bote salva-vidas no sábado, mas outros botes estavam vazios, segundo a agência de notícias Yonhap da Coreia do Sul. “Quanto mais as horas passam, menos chances há de encontrá-los”, afirmou à Reuters o porta-voz da Marinha do Uruguai, Gaston Jaunsolo.

Ele disse que um avião brasileiro havia sobrevoado a área no domingo pela manhã e um navio argentino deveria se juntar às buscas. O navio afundou na sexta-feira a cerca de 3.700 quilômetros da costa do Uruguai, disse Jaunsolo. Oito dos desaparecidos são sul-coreanos e 14 são filipinos.

Em uma última mensagem enviada pela Polaris na sexta-feira, houve relato de que o navio estava fazendo água, segundo a agência de notícias da Coreia do Sul Yonhap.

A pedido das autoridades uruguaias, a Marinha do Brasil enviou uma fragata para auxiliar nas buscas aos tripulantes. Ela partiu do Rio de Janeiro no sábado e deve chegar à região de buscas na quinta-feira (6). Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) já tinha partido do Rio de Janeiro, na noite de sábado, para ajudar nas buscas. A bordo da aeronave KC130, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT), viajaram 40 militares brasileiros, entre eles quatro observadores especialistas em operações de busca e salvamento. A aeronave tem uma autonomia de voo de pelo menos 14 horas.

Fonte: Época Negócios